SAÚDE

SAÚDE

A Saúde do seu Cachorro:

É o Médico Veterinário que vai instituir o plano de vacinação, bem como a desparasitação e a identificação do seu cachorro.
Deve efetuar check-ups regulares ao seu companheiro, pois os casos de pior prognóstico são aqueles que só vão à clínica quando a sintomatologia da doença é muito evidente, dando ao Médico Veterinário uma pequena margem de atuação.

Vacinação
A Vacinação (consultar, mais em baixo, com maior detalhe) constitui a melhor proteção do seu cachorro contra doenças infeciosas. Estimula o sistema imunitário permitindo-lhe resistir ao contacto com um agente infecioso (vírus, bactéria ou parasita). A vacinação é um ato médico, pois não é isenta de riscos, obrigando a um exame médico completo.
Uma primo vacinação é constituída por duas injeções com um mês de intervalo.
O rappel é uma renovação anual ou semestral (consoante a prevalência da doença) da primo vacinação.
As principais doenças infeciosas são a Esgana, Hepatite de Rubarth, Parvovirose, Leptospirose, Raiva (obrigatória por lei), Tosse do canil, Piroplasmose (ou Babesiose), Doença de Lyme e a Herpesvirose.
Geralmente a vacinação é perfeitamente tolerada pelo cão. Contudo, pode observar-se alguma fadiga, letargia, nódulo ou edema no local de administração, que desaparecem em pouco tempo. É aconselhado o repouso nas 24 horas que se seguem à vacina.

Desparasitação
É o termo utilizado para descrever a ação de um determinado fármaco sobre os eventuais parasitas do seu cachorro. Geralmente os cachorrinhos são desparasitados às duas semanas, ao mês, mensalmente até aos 6 meses e duas vezes por ano em adulto. O desparasitante a utilizar será prescrito pelo Médico Veterinário.

Identificação
É fundamental que o seu cachorro seja identificado.
A IDENTIFICAÇÃO nada tem a ver com o “PEDIGREE” obtido no Clube Português de Canicultura.
A Identificação é feita pelo Médico Veterinário através da colocação subcutânea de um microchip na região lateral esquerda do pescoço. É um ato praticamente indolor e semelhante a uma vacina. A cada microchip corresponde um código (tipo código de barras), que deve ser apresentado na Junta de Freguesia, juntamente com o seguro do cachorro. Só assim é que o seu cachorro está devidamente Identificado e Legalizado.

A que mais dar atenção?
Entre visitas ao médico veterinário deverá examinar regularmente o seu cão.

Procure:
Diarreia: a causa mais comum é algo estranho ao seu regime dietético ou excesso de comida, mas uma dieta errada, bactérias, vírus, parasitas e mesmo alergias a alimentos podem ser a sua casa. Em qualquer dos casos contacte o seu médico veterinário logo que possível. Ele provavelmente irá recomendar-lhe um jejum de 24 horas e medicá-lo de acordo com a causa. Se a diarreia regressar ou durar mais de 24 horas é altura de consultar o médico veterinário de novo.

Vómito: é bem merecida a reputação que os cães têm de comer quase tudo e o vómito é apenas a sua forma de se livrarem de algo que não deveria ter sido comido logo desde início. Por isso não se preocupe com vómitos ocasionais. Mas se o seu cão vomitar várias vezes por dia, a cause pode ser parasitismo ou outros problemas sérios – incluindo a ingestão de objetos proibidos como bonecos ou pequenos objetos de plástico. Procure um médico veterinário.

Infeções oculares ou dos ouvidos: as infeções provocam tipicamente vermelhidão, seguido de corrimento à medida que o problema de agrava. Esteja alerta e visite o médico veterinário antes da infeção chegar a este ponto. Quando ou ouvidos ficam fortemente infetados, podem cheirar mal ou ficar vermelhos e provocar comichão. O cão irá provavelmente coçá-los com a pata ou abanar a cabeça com frequência. Os ácaros podem igualmente provocar este problema.

Dentes amarelos ou castanhos: isto é provocado pelo tártaro que pode provocar inflamação e mesmo sangramento das gengivas, salivação excessiva, mau hálito e uma diminuição do apetite. Comida húmida é causadora deste tipo de problemas pelo que uma dieta seca é o método mais simples de manter uma higiene oral no seu cão, pois os grânulos atuam como um agente natural de limpeza dos dentes. Ainda mais eficazes são os biscoitos duros para cachorros com dentes de leite. Não se esqueça de discutir a higiene oral com o seu médico veterinário.

Outros sinais:
Em qualquer altura da vida do seu cão, procure problemas como dificuldade de comer, perca de apetite ou ganho súbito de peso, mau hálito, salivação excessiva, perca de pelo, alteração de peles, olhos inflamados ou lacrimejantes, nariz seco, respiração difícil, comportamento anormal e uma temperatura anormalmente elevada (normal para cão é entre 38 e 39ºC). Contacte o seu médico veterinário e esteja pronto para o levar à consulta.

Treinos e brincadeiras
Os cães são animais de matilha e cada matilha tem um líder. Se não assumir a liderança, o seu cão irá fazê-lo. Mas, enquanto ele for cachorro, vai mesmo querer que ele seja o chefe. Durante os primeiros 6 meses de vida, ele está com grande apetência para ser treinado. Você pode – e deve – treinar o básico em casa, mas uma ajuda profissional pode tomar a tarefa mais fácil. Pergunte ao criador ou Médico Veterinário que lhe recomende uma escola de obediência. Lembre-se: Um cão disciplinado começa com um dono disciplinado. Se não for consistente com o seu treino, o seu cão não será consistente com o seu comportamento. Obedecer à chamada: os cães respondem melhor aos reforços positivos, não às punições. Comida e uma voz amigável são excelentes reforços positivos, pelo que deve começar às refeições. Chame-o pelo nome e diga “Vem”. Se fizer isto em todas as refeições durante uma semana, o seu cão virá sempre que o chame, mesmo que não seja hora das refeições. Reforce isso na rua. Afaste-se um pouco dele, depois chame-o e diga “Vem”. Quando ele o fizer, recompense-o, de vez em quando, ofereça-lhe um biscoito (não deve usar sempre o biscoito para reforço em todas as vezes pois o reforço ocasional funciona melhor. O seu cachorro quer a sua aprovação, não comida) “Vem” é o mais importante de todos os comandos. Pode evitar que o seu cão atravesse a rua frente aos carros, lute com outros cães ou assuste e persiga uma criança.

Vacinas
A Esgana ou Doença de Carré é uma doença infeciosa provocada por um vírus muitas vezes fatal e que afeta o sistema respiratório, sistema digestivo e neurológico.
Esta doença possui uma distribuição mundial e antes de se iniciarem os programas de vacinação constituiu uma grande causa de morte em cães jovens.
A Esgana afeta cães e outros carnívoros selvagens tais como ursos, raposas e furões.
Os cachorros com idades entre os 3 e os 6 meses de idades são os mais suscetíveis de contrair a doença e de morrerem devido a ela. A taxa de mortalidade é próxima de 50 %.
A doença é transmitida através de secreções, principalmente aéreas - aerossóis. O vírus é captado pelas células do sistema imunitário do cão e é rapidamente transportado por todo o organismo através do sistema linfático. Após uma semana o vírus atinge os epitélios respiratório e digestivo e o sistema nervoso central surgindo os sintomas mais específicos.
O primeiro sintoma a surgir é a febre. Depois seguem-se a perda de apetite e as secreções nasais. A restante sintomatologia depende da estirpe do vírus e da imunidade do cão e inclui: vómitos, diarreia, tosse, mioclonias (contrações musculares), paralisia, convulsões, conjuntivite e endurecimento das almofadas plantares e plano nasal.
O diagnóstico é feito conjugando a clínica com análises sanguíneas: serologia ou PCR.
O tratamento é de suporte: antibióticos para prevenir infeções bacterianas e cuidados de enfermagem-alimentação forçada.
Alguns cães conseguem sobreviver à fase aguda da doença e recuperam totalmente. Outros, principalmente cachorros e os animais com sintomatologia nervosa acabam por falecer por complicações relacionadas com a esgana.

O que é a Parvovirose Canina?
A Parvovirose Infeciosa Canina (CPV) é uma doença recente, que surgiu nesta população em 1978. Devido à severidade da doença, e à sua rápida propagação na população canina, a CPV causou grande interesse.
O vírus causador desta doença é semelhante ao da Parvovirose felina, tornando as duas doenças semelhantes. Por isso, tem-se especulado que o vírus canino é uma mutação do vírus felino. Contudo, ainda não foi provado.
Como é que o cão a contrai?
O agente causador da CPV, conforme o nome indica é um vírus. A principal causa deste vírus são as fezes de cães infetados. Os dejetos de um cão infetado pode ter uma grande concentração de partículas virais. Certos animais ficam infetados ao ingerirem o vírus. Consequentemente, o vírus é transportado até ao intestino, onde invade a parede intestinal, causando inflamação.
Contrariamente a outros vírus, a CPV é estável no ambiente e resistente ao calor, detergentes e álcool. Em temperatura ambiente, a CPV pode resistir nas fezes do cão durante 3 meses. Devido à sua estabilidade, o vírus é facilmente transmitido através do pelo ou patas de cães infetados, calçado contaminado, roupas e outros objetos contaminados. O contacto direto entre cães não é o único meio de propagação do vírus. Os sinais clínicos manifestam-se no cão, 7 a 10 dias após a infeção inicial.
Que efeitos provoca no cão?
As manifestações clínicas do CPV são variáveis, mas as mais frequentes são os vómitos e diarreia. A diarreia pode ou não conter sangue. Além disso, podem também manifestar falta de apetite, depressão e febre. É importante salientar que muitos cães podem não mostrar todos os sinais clínicos, mas os vómitos e a diarreia são os sintomas mais comuns; os vómitos surgem primeiro. A Parvovirose pode afetar cães de todas as idades, mas é mais comum em cães com menos de 1 ano. Os cachorros com menos de 5 meses são os mais afetados, e os mais difíceis de tratar.
Como é diagnosticada?
Os sinais clínicos da CPV podem ser confundidos com os de outras doenças, nomeadamente os vómitos e a diarreia; consequentemente o diagnóstico da CPV é muitas vezes um desafio para o veterinário. A confirmação da contração da CPV é através das fezes ou da deteção de anticorpos anti-CPV no sangue. Por vezes, um cão contrai Parvovirose, mas nos testes o resultado é negativo; felizmente não é uma situação muito comum. Uma tentativa de diagnóstico é muitas vezes baseada na presença de um número reduzido de glóbulos brancos (Leucopénia).
Se for necessário mais confirmações, as fezes ou sangue, poderão ser submetidas a novos testes laboratoriais. A ausência de Leucopénia não significa que o cão não tenha contraído a CPV. Alguns cães que se tornem clinicamente contaminados podem não ter necessariamente Leucopénia.
Podem ser tratados com sucesso?
Não existe tratamento que mate o vírus que infecta o cão. Contudo, o vírus não causa diretamente a morte; antes, causa a perda da continuidade do trato intestinal. Resultando em desidratação, desarranjo eletrolítico (sódio e potássio), e infeção sanguínea (septicemia). Quando as bactérias que normalmente “vivem” no trato intestinal chegam à corrente sanguínea, o mais provável é que o animal morra.
O primeiro passo é tratar da desidratação e do desarranjo eletrolítico. Isto requer a administração de fluídos intravenosos, que contenham eletrólitos. Antibióticos, previnem e controlam a septicemia. Os antiespasmódicos são usados para controlar os vómitos e diarreia.
Qual a taxa de sobrevivência?
A maioria dos cães infetados com CPV, recuperam com o uso de um tratamento agressivo. Se a terapia for iniciada antes da ocorrência de septicemia e desidratação. Por razões desconhecidas, algumas raças, principalmente os Rottweiler, têm uma maior taxa de fatalidade do que outras raças.
Pode ser prevenida?
A melhor forma de proteger o seu cão da CPV é a vacinação. Aos cachorros é-lhes administrada a vacina, em que parte desta atua sobre a Parvovirose, sendo aconselhável fazê-la na 8ª,12ª e 16ª semana de idade. Depois do programa de vacinação dos cachorros, todos os cães devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano.
Cães com maior exposição (como é o caso de canis, exposições caninas, etc.) necessitam de ser protegidos com uma vacina de 6 em 6 meses. As cadelas prenhas devem ser vacinadas com duas semanas de gestação de forma a transmitirem anticorpos protetores aos cachorrinhos. A decisão final do calendário de vacinação deverá ser feita pelo seu veterinário.
Existe alguma maneira de eliminar o vírus do ambiente?
A estabilidade do CPV no ambiente torna importante a devida desinfeção das áreas contaminadas. Dá mais resultado se for acompanhado de uma desinfeção dos recipientes de comida, da água e de outros objetos contaminados com uma solução de meio copo de hipoclorito de sódio (lixívia) numa medida de água (33ml num litro de água). É importante que o cloro seja utilizado, uma vez que a maior parte dos desinfetantes antibacterianos não elimina a Parvovirose Canina.
Colocará a Parvovirose a saúde em risco? E a dos gatos?
É importante salientar que na atualidade, não há nenhuma indicação de que a CPV seja transmissível a gatos ou humanos.

Tosse do Canil
Não é uma doença específica, mas sim um grupo de sinais clínicos que podem ser causados por um ou vários agentes infeciosos (Bactérias e vírus).Tal como o nome indica o principal sinal clínico é a tosse.
Ocorre principalmente em cães que recentemente tiveram em canis ou em aglomerações de cães de diversas origens (exposições, centros de treino, para cães). A maior parte dos cães que padecem tosse do canil podem ser contagiados nos seus passeios habituais de dia a dia em jardins públicos quando contactam com um animal infetado.
O contágio dá-se pela inalação do agente seguida da sua multiplicação nas células do aparelho respiratório (vias aéreas superiores). Os sinais clínicos surgem 4 a 5 dias após o contágio. A cura, mesmo em casos mais graves, pode demorar duas a três semanas e em muitos animais a infeção é assintomática.
Sinais Clínicos:
O principal sintoma é uma tosse seca e irritante, embora também possa ser húmida e produtiva.
A tosse agrava-se quando há excitação ou exercício. Em animais mais afetados, após um acesso de tosse, pode haver tentativa ou mesmo vómito.
Espirros podem surgir em estádios iniciais assim como descarga nasal mucosa.
São animais que continuam ativos, brincam e com apetite. Em casos crónicos, sem terapia adequada, o animal pode desenvolver pneumonia com febre e perda de apetite.
Tratamento:
Alguns casos resolvem-se espontaneamente sem tratamento, mas geralmente o animal tem que fazer terapêutica para prevenir o aparecimento de pneumonias.
Deve ser consultado o Veterinário.
Evitar exercício e excitação uma vez que vão agravar a tosse.
Controlo:
O maneio é importante. Canis pequenos e com má ventilação favorecem a disseminação da doença.
Quando há um surto de tosse do canil deve-se fazer uma desinfeção do canil e um vazio sanitário de uma a duas semanas, antes de adquirir novos animais.
Existem vacinas que podem ser aplicadas, mas cuja imunidade é de curta duração.

A Leishmaniose Canina
Durante o mês de dezembro de 2012 e janeiro de 2013, em apenas numa das nossas unidades, diagnosticamos 15 novos casos de Leishmaniose. Alertamos os donos de cães para a vacinação adequada de todos os seus animais de estimação. A vacina protege o animal, já que as coleiras ou pipetas não têm a capacidade de o proteger contra esta doença. A vacina contra a Leishmaniose, tem uma eficácia entre 80% e 90% de proteção e, como induzem uma forte resposta imunitária, podem servir até como tratamento da doença.
A Leishmaniose Canina é provocada por um parasita que se denomina Leishmania, que tem o seu ciclo biológico em dois hospedeiros: Um inseto (flebótomo) que serve como vetor e um vertebrado (canídeo) que serve como reservatório da doença.
Ciclo:
1-Só a fêmea do mosquito é que pica e adquire os amastigotas. (É mais ativa ao fim da tarde);
2-Multiplicam-se no intestino do mosquito promastigotas;
3-Pela picadura do mosquito passam ao cão;
4-Multiplicação ativa dentro dos macrófagos do cão infetado;
5-Distribuição a órgãos hematopoiéticos, especialmente a medula óssea. Migram: pele, fígado, rim, aparelho digestivo, coração, articulações, próstata, todos os órgãos; (Esta disseminação é diferente para cada animal).
Nem todos os animais infetados desenvolvem a doença.
Existem cães que são sensíveis à infeção por Leishmania e outros cães são resistentes devido a:
1- Imunidade mediada celular: através dos linfócitos T, do subtipo Th 1 que produzem Interferon Gamma e outras citoquinas. O Interferon Gamma induz a síntese de uma enzima nos macrófagos que catalisa a formação de uma substância de efeito leishmanicida;
2- Imunidade humoral: os anticorpos não são protetores e são pouco eficazes quando o parasita se encontra dentro dos macrófagos.
Em animais sensíveis não se produz resposta imunitária => infeção de pele disseminação por todo o organismo.
Existem diferenças genéticas da resposta imunológica e animais e raças com diferentes capacidades de resposta frente a Leishmaniose.
Quadro Clínico da doença
•6 meses a 12 anos;
• Não há predisposição de sexo;
• 62% são cães de raças grandes;
• Quadro clínico amplo e variado;
• Evolução lenta e progressiva;
• Doença crónica.
• Aumento de gânglios linfáticos
• Anorexia
• Depressão
• Seborreia seca
• Perda de peso
• Febre
• Pioderma
• Coxeira/artrite e sinovite
• Diarreia
• Vómitos
• Epistáxis
• Esplenomegalia
• Poliúria/polidipsia
• Uveítes
• Derrame Pericárdico
• Arritmias com insuficiência cardíaca
• Insuficiência hepática
Nem todos os casos apresentam este conjunto de sintomas o que torna o diagnóstico difícil. Os sinais clínicos podem demorar meses ou anos a aparecer.
A Leishmaniose pode provocar perda de peso, atrofia muscular, palidez de mucosas, aumento dos gânglios linfáticos, e sangramento nasal. As lesões de pele são frequentes, os animais apresentam pelo sem brilho, zonas sem pelo e descamação. Podem aparecer úlceras na zona do focinho e outros locais da superfície corporal. Podem até aparecer lesões oculares, sintomas digestivos e neurológicos. É frequente observar-se anemia, aumento das gamaglobulinas e perda de proteínas pela urina. Quando esta doença afeta os rins, os valores de ureia e creatinina aumentam e ficam muito alterados.
Lesões Cutâneas
São frequentes, não pruriticas, nem dolorosas 43% dos casos /diagnóstico Alopécia e seborreia seca, orelhas, zona periocular, extremidades e dorso. Dermatites ulcerativas no prepúcio, boca, pontos de pressão.
Nódulos com aspeto tumoral na pele ou mucosas 3,4%.
Rim
No momento do diagnóstico, 34% dos cães apresentam insuficiência renal, 18% doença glomerular sem insuficiência renal, glomerulonefrite membranosa: formação de imunocomplexos circulantes que se depositam na parede dos vasos do glomérulo dando origem a falha renal e proteinúria: o seu valor indica-nos o grau de lesão do rim.
Diagnóstico
Observação direta de amastigotas do parasita dentro ou fora dos macrófagos: medula óssea, gânglio linfático, pele, líquido sinovial ou qualquer outro tecido ou líquido.
Punção de Medula óssea: diagnóstico 90,7 %
Gânglio: diagnóstico 83%
Citologia aspirativa: nódulos da pele, articulações, baço e fígado, por aposição em mucosas e pele.
Biópsia de pele: Imunoperoxidase.
Serologia: Podem ajudar, mas só nos indicam a presença de anticorpos, mas não necessariamente a presença da doença.
% elevada de títulos positivos desenvolvem sinais clínicos.
Teste serológico negativo: doença pode estar presente.
PCR: demonstração do DNA de Leishmania na medula óssea ou outros tecidos: o mais sensível e específico.
Análises Clínicas:
Anemia não regenerativa 45%
Hiperglobulinemia 100%
Insuficiência renal:
Uremia
Hipercreatinemia
Proteinuria
Síndrome nefrótico:
Hipo albuminemia
Proteinuria
Hipercolesterolemia
Ratio Proteína-Creatinina
Tratamento
Carácter crónico;
Difícil cura; Resposta variável de cada animal;
Apesar do tratamento: recaídas e/ou reinfeções;
Tratamentos e controles periódicos;
Zoonose.
Animais com envolvimento cutâneo
Glucantime 60-100 mg/kg via sc dividida em duas injeções diárias até cura clínica
Alopurinol 20mg/kg via oral repartido duas vezes ao dia, de forma contínua e sem interrupções (no mínimo
um ano)
Controle de proteínas totais e Proteinograma de 6 em 6 meses
Animais com Proteinúria (aumento de proteínas na urina):
Alopurinol 20mg/kg via oral repartido duas vezes ao dia.
Dieta Específica rim
Animais com Insuficiência Renal
Alopurinol 10mg/kg
Dieta Específica rim

NÃO SE ESQUEÇA A VACINAÇÃO CONTRA A LEISHMANIOSE É MUITO IMPORTANTE.

Fonte: ONEVET - Hospital Veterinário Porto



Displasia do Cotovelo


Definição:

A displasia do cotovelo é um conjunto de quatro doenças (anomalias de desenvolvimento), que levam a uma má formação e degeneração da articulação do cotovelo.
Displasia do cotovelo:

• Não união do processo ancóneo (NUPA)

• Osteocondrite dissecante (OCD)

• Fragmentação do processo coronóide (FPC)

• Incongruência do cotovelo Genética

• A displasia do cotovelo é uma doença Hereditária - Heritabilidade elevada

• Índice de heritabilidade entre 0.25 a 0.45

Predisposição

• Raças grandes e gigantes

• Idade

o Sinais clínicos aparecem entre os 4 e os 10 meses Diagnóstico - 4 e 18 meses

o Sinais de artrose podem surgir em qualquer idade

• Sexo

o FPC - predominam nos machos

o Não há predominância de sexo nos outros processos

Causas

• Desenvolvimento

• Nutricional

Fatores de Risco

• Crescimento e ganho de peso muito rápidos

• Dietas hipercalóricas

Etiologia

• São uma manifestação de um processo de osteocondrose e/ou incongruência da articulação Incongruência entre a tróclea do cúbito e o rádio - assincronia do crescimento. Forma-se um degrau

• Esta assimetria torna-se evidente entre os 4 e os 6 meses de idade

Não União do Processo Ancóneo
• Não ossificação do processo ancóneo Centro de ossificação separado

• Deve unir até os 5 meses de idade



FPC – Fragmentação do Processo Coronóide
• Fragmentação do processo coronóide medial do cúbito

• Manifestação de uma osteocondrose do cúbito (não traumático)



Incongruência do Cotovelo
• Malformação e mau alinhamento do cotovelo Assincronia do crescimento entre o rádio e o cúbito

• Leva a uma incongruência da articulação com formação de artrose



Exame físico
• Dor à flexão e extensão do cotovelo Dor quando seguramos o carpo e o cotovelo a 90º e fazendo pronação e supinação do carpo O membro afetado tem tendência a ser mantido em abdução e supinação

Efusão e distensão capsular
• Crepitação (DJD)

Sinais clínicos

• Sinais surgem entre os 4 e os 6 meses Episódios de claudicação Abdução do cotovelo Relutância à flexão e extensão do cotovelo Rotação da extremidade quando em extensão Com o avançar do processo de osteoartrose os sinais clínicos tornam-se crónicos Passam a maior parte do tempo deitados e com claudicação permanente

• Espessamento da cápsula articular e formação de osteófitos

Diagnóstico

• Radiografias

o mediolateral mediolateral hiperflectida craneocaudal-lateromedial oblicua 25º

o craneocaudal

o Radiografias de ambos os cotovelos Citologia do líquido articular Artroscopia

• TAC

Cirurgia NUPA

• remoção

• osteotomia do cúbito

OCD e FPC

• remoção do fragmento solto

Incongruência

Restrição do exercício após cirurgia

Dieta

• Controlo de peso

• Dietas adequadas

Prevenção

• Não cruzar os animais afetados

• Cães ou cadelas que tiveram filhos com displasia do cotovelo não devem ser de novo reproduzidos
.
 

Displasia Coxofemoral

A Displasia coxofemoral foi descrita no cão no ano de 1935. A diferença entre o homem e o cão é que a displasia coxofemoral no cão é uma doença hereditária, mas não é congénita: o cão não nasce com displasia, mas devido à influência de fatores ambientais, alimentares, excesso de exercício, etc., e unida a um importante componente genético, origina-se um desequilíbrio entre a massa muscular e o desenvolvimento esquelético, resultando numa falta de congruência entre o acetábulo e a cabeça do fémur. Basicamente temos dois tipos de displasia:
1. Acetabular - Típica no Pastor Alemão e Labrador Retriever, em que existe aplanamento do acetábulo associado a uma escassa cobertura acetabular da cabeça femoral.

2. Do colo do fémur - Caracteriza-se essencialmente pela alteração do ângulo femoral e na falta de pressão ao nível do acetábulo. A perda de contacto entre a cabeça femoral e o acetábulo provoca instabilidade articular e laxidão coxofemoral, originando posteriormente a osteoartrose.

Afeta classicamente raças grandes e gigantes. Foi descrita em mais de 70 raças. A incidência é de 48% em S. Bernardos, 31% em Bullmastiff, 23 % Golden Retriever, 22% Rottweiller, 21% Pastor Alemão. Está descrita em raças pequenas como o Cocker Spaniel e inclusivamente em gatos (persa). Afeta de forma bilateral em 90% dos casos, não existindo predisposição sexual.

Fatores que predispõem ao aparecimento da displasia coxofemoral:

• Fatores Genéticos - A hereditariedade desta doença tem um carácter poligénico (não se sabe quantos genes intervêm). Muitos animais podem mostrar um fenótipo normal com radiografia correta, mas serem genotipicamente portadores do carácter displásico e transmitir à descendência, o que complica grandemente a sua erradicação.

• A constituição da própria raça é também um fator determinante na apresentação de displasia, assincronia entre o desenvolvimento ósseo e muscular (Ex. Labrador), morfologia intrínseca do acetábulo pouco profundo no Pastor Alemão, mais côncavo no Boxer, a angulação e orientação da cabeça do fémur no Mastin e Montanha dos Pirenéus, e a laxidão articular típica do Pastor Alemão, explicam as diferentes percentagens de incidência em raças de peso e desenvolvimento ponderal similares.

• Fatores Ambientais - Um excesso de alimentação. Ligado, geralmente, à alimentação "ad libitum" influencia a velocidade de crescimento do animal. Um animal jovem, com uma arquitetura óssea ainda não compacta, que tem de suportar um peso excessivo poderá estar disposto a desenvolver Displasia da Anca. A sobrealimentação com dietas de elevado teor energético cálcio, vitaminas, etc. devem ser evitadas sobretudo na idade máxima de crescimento, entre os 3 e os 8 meses de idade.

• Exercício - Fator a considerar na etiopatologia da displasia da anca. Exercícios violentos incrementam a laxidão articular. Um exercício moderado que permita um desenvolvimento muscular apropriado aumenta a estabilidade articular e ajuda a prevenir a displasia da anca.

Sintomas Clínicos São muito variáveis e com uma certa independência das lesões osteoartrósicas, radiologicamente evidentes. Não há um paralelismo entre sintomas clínicos e sinais radiográficos, apresentando-se um amplo leque de possibilidades desde animais displásicos assintomáticos a animais paraplégicos.

Uma marcha anormal, juntando os curvilhões, dificuldade em levantar-se ou saltar, dor à manipulação da extremidade sobretudo em hiperextensão, etc., são sinais sugestivos de displasia que terão de ser confirmados com radiologia.

Classicamente distinguimos dois grupos de animais com sintomatologia clínica

• Animais jovens de 6 a 12 meses de idade que manifestam sinais de forma, mais ou menos, intermitente e transitória. Este facto deve-se à existência de micro fraturas. Dolorosas, que acontecem sobretudo no bordo acetabular por laxidão articular. Posteriormente a rápida ossificação das mesmas leva a um desaparecimento mais ou menos transitório da dor.

• Um segundo grupo de animais estaria representado por animais de 4 a 5 anos ou mais quando já se estabeleceram lesões irreversíveis de osteoartrose. Nos animais jovens podemos tentar realizar um diagnóstico precoce da laxidão articular mediante o teste de Ortolani. Coloca-se o animal em decúbito lateral, pressiona-se o joelho na direção do trocânter o que facilita a luxação da cabeça femoral. Mantendo a pressão, movemos a extremidade para o exterior (abdução), o que vai provocar a recolocação da cabeça do fémur no interior do acetábulo. Em cachorros com laxidão articular (predisposição para a displasia), notamos um ruído quando a cabeça femoral recupera a sua posição normal.

• O valor diagnóstico é discutível, já que se é positivo o animal geralmente terá displasia, se é negativo a dúvida persiste.

O sinal de Bardens também se utiliza para determinar o excesso de laxidão articular de forma precoce em cachorros. Consiste em tentar separar a cabeça femoral do acetábulo mediante uma força de abdução alta, com o animal posicionado em decúbito lateral. Cerca de 75% dos animais positivos a estes testes serão displásicos na idade adulta.

Diagnóstico radiológico. O estudo radiológico é atualmente o único meio de diagnosticar a displasia coxofemoral.

No Pastor alemão, por exemplo a fiabilidade de deteção por radiografia é de 16% aos 6 meses de idade, 70% ao ano de idade, 82% aos 18 meses de idade e 95% aos 2 anos de idade. A radiografia oficial deve ser feita aos 18 meses (nunca em fêmeas em cio). A técnica radiológica standard, aceite universalmente, requer a sedação ou anestesia do animal, colocando o animal em decúbito dorsal com os posteriores distendidos, paralelos e submetidos a rotação interna, de modo que as rótulas se situem sobre a tróclea do fémur, evitando a rotação das pélvis. A simetria deve ser perfeita.
A classificação dos graus de displasia varia segundo os países. A classificação aceite no nosso país, é a proposta pela Federação Cinológica Internacional (FCI):

Nenhum sinal de displasia - Grau A

Forma de transição - Grau B

Displasia Leve - Grau C

Displasia Moderada - Grau D

Displasia Grave - Grau E



TPLO

É uma técnica cirúrgica para resolução de rutura do ligamento cruzado anterior, denominada de Tibial Plateau Leveling Osteotomy (TPLO) e que tem, de longe, o melhor prognóstico de todas as técnicas cirúrgicas utilizadas até o momento. Passamos a descrever algumas particularidades da técnica. A rutura do ligamento cruzado anterior (LCA) é a causa mais comum de claudicação do membro posterior do cão. Esta lesão origina alterações degenerativas na articulação do joelho, incluindo lesões cartilagíneas e ósseas.

A TPLO é eficaz na correção da rutura dos ligamentos cruzados, repondo uma função articular normal.



Biomecânica
Apesar das articulações dos joelhos dos cães e dos humanos serem similares, as forças aplicadas nas superfícies dessas articulações ao suportar o peso corporal são muito diferentes. Isto deve-se às diferenças de configuração anatómica. Como um carro numa superfície plana não tem tendência para deslizar, nos humanos, as articulações das ancas, joelhos e tornozelos são paralelas entre si e perpendiculares à superfície de sustentação do peso, o pé. Assim nós podemos manter-nos de pé facilmente sem fazermos muito esforço nas articulações. Os cães, no entanto, apoiam-se nos seus dedos, com os tornozelos inclinados e os joelhos dobrados para a frente. A porção superior da tíbia canina (meseta tibial ou “Plateau” tibial) é inclinada. Ao suportar o peso corporal cria-se uma força compressiva do fémur sobre o declive da meseta tibial obrigando a tíbia a deslocar-se cranialmente. Esta força é denominada deslocamento craneal da tíbia. Este deslocamento é apenas limitado pelo ligamento cruzado anterior. Tal como um carro numa superfície inclinada tem a tendência a descer o declive, o ligamento funciona como um cabo preso ao carro, evitando que desça (Fig.3). Em cada passo que o cão dá é sempre o ligamento que está sujeito a esforço. Ao longo do tempo, cães com uma grande inclinação da meseta tibial sujeitam o ligamento cruzado anterior a um enorme esforço. Assim, quando o deslocamento craneal da tíbia é exagerado significa que existe rutura de ligamento cruzado anterior.



Ruturas do LCA apresentam-se clinicamente em várias formas. Existem acidentes particulares que causam rutura completa aguda, associada a dor severa e claudicação sem apoio do membro. Outras ruturas ocorrem em pequenos incrementos ao longo do tempo sendo denominadas como ruturas parciais do LCA. Estes tipos de ruturas caracterizam-se por uma dor ligeira e uma claudicação moderada associada a perda da capacidade atlética. Quando ruturas parciais evoluem para ruturas completas, esta transição é geralmente gradual.
Outras duas estruturas importantes nos joelhos são os meniscos lateral e medial (almofadas cartilagíneas). Estas estruturas estão também sujeitas a lesão quando o joelho se encontra instável devido a rutura do ligamento cruzado. A técnica TPLO é a mais indicada para pacientes ativos de médio e grande porte pois proporciona uma estabilidade notável sobre esforços extremos repetidos. As técnicas cirúrgicas tradicionais para este tipo de pacientes requeriam longos períodos de repouso completo de modo a permitir a cicatrização do ligamento cruzado anterior de substituição sintético ou natural. Estes tipos de técnicas são falíveis pois a restrição completa do exercício neste tipo de pacientes por longos períodos é quase impossível. Qualquer tipo de atividade pode levar à rutura do ligamento artificial e/ou colaterais, a uma flexão incompleta do joelho e a fraca capacidade atlética.



Diagnóstico
O diagnóstico é feito após uma demonstração clara de deslocamento craneal da tíbia exagerado (teste de gaveta). O diagnóstico é fácil em ruturas agudas e completas, mas pode ser mais subjetivo em ruturas parciais ou crónicas. Uma sedação ligeira pode ser necessária de modo a permitir um relaxamento muscular e a obtenção de radiografias, para demonstrar a presença de alterações artríticas.



Técnica Cirúrgica TPLO
A osteotomia de nivelamento da meseta tibial (TPLO) é usada para neutralizar o efeito do deslocamento craneal da tíbia. Basicamente, esta técnica vai nivelar a meseta tibial através de uma osteotomia com curva da tíbia e posterior ajustamento num ângulo pré-determinado, de modo a que a nova posição da meseta tibial anule a necessidade de existir o LCA como restritivo. Por outras palavras, em vez de substituir o cabo que quebrou, esta técnica vai anular o declive da superfície, eliminando a necessidade de um novo cabo.



Lesões meniscais são também corrigidas durante a cirurgia de modo a prevenir futuras alterações artríticas na articulação. Cuidados Pós-Operatórios A cicatrização demora cerca de dois meses para o osso e um pouco mais para os tecidos moles. Uma restrição de exercício é obrigatória durante o processo de cicatrização. Como o novo nivelamento da meseta tibial permite uma rápida diminuição da dor articular, o maior problema durante a recuperação é a atividade excessiva do paciente antes da completa cicatrização óssea. A maioria dos pacientes retoma uma atividade completa ao fim de 3 a 4 meses. Os pacientes podem recuperar a sua performance atlética (caça, provas de agilidade, corridas de cães) geralmente ao fim de 6 meses de pós-operatório.


-Dr. Mário Santos, MV





MIELOPATIA DEGENERATIVA



Descrição:

É uma doença neurológica progressiva que afeta primeiramente o sistema nervoso ligado à musculatura dos quadris e patas traseiras. Inicialmente o animal apresenta fraqueza e incordenação dos membros traseiros, atingindo mais tarde também as patas da frente. Os primeiros sinais clínicos começam a partir dos 5 anos, mas podendo começar mais tarde. O animal rapidamente perde os movimentos das patas traseiras, e com o tempo (em torno de um ano), do restante do corpo. Não existe cura ou tratamento para esta doença. 

Recentemente descobriu-se se tratar de uma doença genética, causada por uma mutação já conhecida. Cães podem ser portadores da mutação e nunca apresentar a doença, sendo chamados de ‘portadores assintomáticos’. No cruzamento de dois animais deste tipo, 25% dos filhotes irão nascer com a constituição genética de risco para desenvolver mielopatia degenerativa. Porém até o momento não se sabe qual a proporção destes animais realmente ficarão doentes, já que é uma doença da velhice, e muitos animais podem morrer antes de outras causas. Por ser uma doença recessiva, o cruzamento entre parentes aumenta muito a chance de nascimentos de animais doentes.

Diagnóstico:

Os sinais clínicos descritos acima levam à uma forte suspeita da doença, que pode ser confirmada com um exame clínico de um veterinário especialista em neurologia. Alguns exames podem auxliar no diagnóstico, como a análise do líquído cefalorraquidiano e RX da coluna do animal. O exame de DNA disponível para esta doença não deve ser utilizado como diagnóstico, mas apenas como um auxiliar neste processo, uma vez que nem todos os animais que se mostram afetados no exame de DNA realmente desenvolvem a doença. 

Fontes:

-Suraniti AP e cols +351 917502890.   Mielopatía Degenerativa canina: signos clínicos,diagnóstico y terapéutica. Revista electrónica .

- University of Prince Edward Island (Canadá).

- Laboratório Gensol.



Suraniti U. Prince Edward Gensol

UM PLANO NUTRICIONAL SAUDÁVEL E EQUILIBRADO…

Com base nos últimos conhecimentos científicos a 
ROYAL CANIN apoia o CPCSB e desenvolveu o programa nutricional ROYAL CANIN, baseado na escolha criteriosa de ingredientes ativos que permitem melhorar globalmente a saúde, o bem-estar e a condição física, disponibilizando uma gama de produtos otimizados para oferecer qualidade de vida ao seu companheiro de quatro patas.
Para a 
ROYAL CANIN, a nutrição do seu cachorro significa uma proteção e uma assistência dietética totais, tendo em conta a presença de todos os elementos essenciais necessários a uma correta alimentação. A ROYAL CANIN preocupa-se ainda com aspetos muito importantes como a Defesa Imunitária, a Pele e o Pelo, a Digestão, a Vitalidade, o Desenvolvimento Osteoarticular, a Higiene Oral e muitos outros…

Só ração seca?

Conhecemos bem a paixão que sente, e sabemos que muitos e muitos donos se preocupam com o facto de dar apenas ração seca ao seu cachorro…
Tal preocupação não é ao acaso, uma vez que ninguém gostaria de comer todos os dias a mesma comida, com o mesmo aspeto e o mesmo paladar… acontece que o Homem é um omnívoro… O cão é um carnívoro. E ser carnívoro não significa que come exclusivamente carne, mas sim que a carne constitui a maior parte da sua dieta. O ancestral do cão doméstico, o lobo, tem na natureza uma dieta rica e completa, mas muito pouco variada. Ela é essencialmente constituída por animais (carne, ossos, cartilagem e vísceras) e alguns vegetais. Por isso encontramos no cão uma flora intestinal específica e com pouca variedade bacteriana, o que justifica o stress digestivo que sofre sempre que há uma transição abrupta na sua dieta, resultando frequentemente em diarreias.


Para o cão, a apreciação completa de uma refeição é feita pelo olfato, através das emanações provenientes do alimento. Ele é por instinto um animal de matilha, e como tal, tem de ingerir o alimento o mais rápido possível antes que alguém lho roube. O seu companheiro não vai degustar uma refeição!

Assim, por muito que nos custe, cão é cão e tem necessidades especificas que devem ser sempre respeitadas e satisfeitas de acordo com a sua natureza. Os cães devem ter uma dieta rica, complexa e equilibrada, mas não muito variada. A ração seca é atualmente o alimento completo por excelência utilizado em nutrição canina.


A refeição…


Os cães gostam e devem ter uma rotina bem estabelecida. Só assim é que eles conseguem ajustar o seu ritmo biológico ao nosso estilo de vida. Por este motivo o dono deve tentar que a hora e o intervalo entre refeições seja constante, bem como adaptar o alimento à idade e tipo de atividade do seu animal. Há quem tenha a tendência de comparar o cão com uma criança… Mas na verdade essa comparação é um erro biológico que pode ser muito perigoso para o cachorro, visto estes terem necessidades totalmente diferentes.

O Número de refeições…

Até aos 6 meses de idade devem ser oferecidas 3 a 5 refeições diárias. Isto porque o estômago de um cachorro é muito pequeno face às suas necessidades nutricionais. Após esta idade o número de refeições deve diminuir para duas, pelo menos até ao final do período de crescimento. Em adulto poderá passar para uma refeição diária, sendo sempre preferível duas. Deve solicitar ao criador um pouco de ração que o cachorro comia e misturá-la com a sua nos primeiros dias. Esta condição diminui o stress digestivo e a ocorrência de diarreias.

Controle a Obesidade…

Estudos recentes indicam que cerca de 20% da população canina é obesa. Infelizmente a obesidade por si só raramente é motivo de consulta. Cabe ao Médico Veterinário alertar os proprietários que se trata de uma doença e estabelecer um plano de prevenção adequado. A prevenção da obesidade deve ser iniciada o mais cedo possível em função dos fatores de risco do animal: esterilização, sedentarismo, predisposição racial, etc. Há que ter sempre presente que um ligeiro excesso de peso evolui frequentemente para uma obesidade declarada.
Dietas ricas em proteína possuem várias vantagens: são facilmente aceites pelo animal, regulam o apetite e favorecem a massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (tecido adiposo). Existem atualmente duas escalas para mensurar a condição corporal do animal: uma de 9 e outra de 5 estádios, sendo a última a mais utilizada. Os cinco estádios são: Caquético, Magro, Normal, Obeso Moderado e Obeso, em que para o classificar são utilizados para além do peso, parâmetros como silhueta, proeminência do esqueleto, quantidade de tecido sobre as costelas, etc… Um obeso moderado é um animal de risco à obesidade.


Controle a dose…

As doses preconizadas nas embalagens correspondem às necessidades reais do seu cachorro. Devem ser rigorosamente seguidas, evitando um plano nutricional inadequado.

A digestão…


Brincar é uma atividade que é fundamental para todo o desenvolvimento físico, intelectual e afetivo do cachorro. E é altamente recomendado que o faça. No entanto o descanso para a digestão é obrigatório! Correr e saltar após a refeição é perigoso pois além de provocar o vómito, pode causar uma patologia chamada Síndrome da Dilatação/Torção Gástrica, onde a agitação gera uma obstrução ao normal esvaziamento do estômago podendo este dilatar e torcer sobre o seu próprio eixo. É uma patologia frequente, com maior incidência em raças grandes e gigantes e que só é solucionada com tratamento cirúrgico quando detetada a tempo. Infelizmente a mortalidade é elevada.

Água fresca


O seu cachorro deve ter sempre água fresca à disposição. Os alimentos secos contêm um teor em água inferior a 12%. São alimentos completos e equilibrados que lhe fornecem todos os nutrientes indispensáveis (proteínas, lípidos, hidratos de carbono, minerais e vitaminas), mas devem ser sempre acompanhados por água fresca.

Pele e Pelagem …


A Pele e a Pelagem constituem a primeira linha de defesa do organismo contra as agressões do meio ambiente e desidratação. Algumas doenças estão relacionadas com a ineficácia destes mecanismos de defesa. Certos nutrientes específicos permitem melhorar a barreira cutânea, contribuindo para limitar assim o risco de certas patologias.

Chocolate nem pensar…


Existem três bases xânticas que o Homem utiliza no seu regime alimentar: a cafeína (café), a teína (chá) e a teobromina (chocolate). Todo o chocolate contém teobromina, que é ALTAMENTE TÓXICA para o cachorro, agora e em qualquer fase da sua vida. Cerca de 345mg de teobromina podem ser letais para um cão de 10kg, o que corresponde aproximadamente a 150g de chocolate preto.

Entender melhor a Nutrição.


Energia digestível → É a quantidade de energia efetivamente disponível para o cachorro que é obtida através da absorção e metabolização dos nutrientes da dieta. É fundamental uma dieta rica em Energia Digestível sobretudo na primeira fase do crescimento do cachorro. Porém, uma dieta com excesso energético vai favorecer a deposição de massa gorda podendo muitas vezes atingir a obesidade. É fundamental que o cachorro não cresça gordo. Estudos recentes comprovam que cachorros gordos têm maior predisposição para patologias osteoarticulares, nomeadamente a displasia articular.

Proteínas → As proteínas são grandes moléculas compostas por unidades mais pequenas designadas por aminoácidos. As enzimas, denominadas protéases, decompõem as proteínas da alimentação em aminoácidos e pequenos péptidos suscetíveis, ao contrário daquelas, de serem absorvidos pelo organismo. É da combinação que é feita a partir de aminoácidos distintos que o organismo produz as proteínas de que necessita. Entre os aminoácidos há alguns que, não sendo produzidos pelo corpo, terão de ser fornecidos pela dieta – são os aminoácidos essenciais. Uma boa fonte proteica é essencial para uma nutrição equilibrada.


Gordura → Importante fonte de energia. É necessária para a absorção de vitaminas lipossolúveis, para a saúde da pele e do pelo.


Hidratos de carbono → Os hidratos de carbono, também conhecidos por glícidos, devem representar a principal fonte de energia da dieta do cachorro, entre 55 e 75%. São constituídos por unidades básicas denominadas oses. Todos os hidratos de carbono são decompostos no organismo através da ação de enzimas específicas até à sua forma mais básica, sendo então absorvidos e metabolizados. Uma alimentação rica em hidratos de carbono complexos é fundamental para garantir um funcionamento adequado do organismo e ajuda a manter um peso saudável, uma vez que garante bons níveis de saciedade.


Vitaminas → As vitaminas são compostos orgânicos necessários em quantidades mínimas para atuar em múltiplas reações do metabolismo. Salvo raras exceções, o organismo não consegue sintetizar as vitaminas e estas devem ser fornecidas através da alimentação.


Vitamina A

Carência: Alterações do crescimento, Falhas na reprodução, Distúrbios oculares, Problemas dermatológicos, etc.

Excesso: Anomalias no esqueleto, Hiperestesia (aumento da sensibilidade à dor).


Vitamina D

Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.

Excesso: Hipercalcémia (aumento de cálcio no sangue), Calcificação de tecidos moles, Reabsorção óssea.


Vitamina E

Carência: Falhas na reprodução e Alterações ósseas.

Excesso: Não tóxica.


Vitamina K

Carência: Hemorragias.

Excesso: Não tóxica.


Complexo B

Carência: Alterações do sistema nervoso, Anorexia, Perda de peso, Dermatites, Anemia, Leucopenia. Excesso: Não tóxica.


Vitamina C

Carência: Fadiga, Perda de apetite, Diminuição da resistência a infeções.

Excesso: Não tóxica.


Minerais → São elementos inorgânicos com múltiplas funções no organismo e que se encontram em baixas quantidades. São essenciais para a vida. Representam cerca da 4% do peso corporal do indivíduo.


Cálcio

Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.

Excesso: Alterações no desenvolvimento ósseo, provoca deficiências noutros minerais.


Fósforo

Carência: Raquitismo, Osteomalácia, Hiperparatiroidismo.

Excesso: Provoca deficiência de cálcio.


Magnésio

Carência: Calcificação dos tecidos moles, Alterações ósseas.

Excesso: Pode provocar cálculos urinários.


Enxofre

Carência: É rara, pode provocar problemas dérmicos.

Excesso: Não se produz.


Sódio Carência:

Não se produz.

Excesso: Não se produz.


Potássio

Carência: Debilidade muscular.

Excesso: Não se produz.


Cloro

Carência: Não se produz.

Excesso: Não se produz.


Ferro

Carência: Anemia.

Excesso: Não se produz.


Cobre

Carência: Anemia.

Excesso: Doenças hepáticas em animais predispostos.


Zinco

Carência: Dermatite, Problemas reprodutivos, Atraso no crescimento.

Excesso: Provoca deficiência de cálcio e cobre.


Manganês

Carência: Atraso no crescimento.

Excesso: Não se produz.


Iodo

Deficiência: Hipotiroidismo, Atraso no crescimento.

Excesso: Não se produz.


Selénio

Carência: Problemas cardíacos.

Excesso: Problemas cardíacos, Hepatite, Nefrite.


Cobalto

Carência: Anemia.

Excesso: Não se produz.


Ácidos gordos essenciais:

Estes compostos são chamados “essenciais” porque o organismo do cão é incapaz de os sintetizar, logo eles devem ser fornecidos pela dieta. Em caso de carência de ácidos gordos essenciais, a pele evidencia uma considerável descamação assim como uma alteração de função da barreira cutânea devido à produção de ceramidas de má qualidade.


Ómega 6:

Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido linoleico, ácido γ-linolénico e ácido araquidónico. O ácido linoleico participa na permeabilidade cutânea, ao passo que o ácido araquidónico é responsável pela regulação da proliferação celular da epiderme através das prostaglandinas E2.


Ómega 3:

Complexo de ácidos gordos essenciais constituídos por ácido α-linoleico, ácido Eicosapentaenóico (EPA) e ácido Dosahexaenóico (DHA). São reconhecidas cientificamente as suas propriedades anti-inflamatórias. Os ácidos gordos Ómega 3 limitam a atividade citotóxica de determinadas células como os macrófagos.


L-carnitina:

Apesar de não ser considerada um nutriente essencial (por ser sintetizada pelo organismo a partir da metionina e da lisina), estudou-se que a sua incorporação na dieta preserva a massa magra (músculo) em detrimento da massa gorda (gordura). A L-carnitina é um aminoácido indispensável para a produção de energia a partir de ácidos gordos de cadeia longa.


Glicosaminoglicanos (GAGs):

A glucosamina é o precursor do sulfato de condroitina. Estas moléculas protegem as cartilagens articulares e evitam o desenvolvimento de osteoartrite em cães idosos. A sua incorporação na dieta do cão é preventiva para patologias osteoarticulares a longo prazo.


Β-caroteno:

É um carotenóide precursor da Vitamina A. É muito conhecido e utilizado pelas suas propriedades antioxidantes, sendo a sua incorporação benéfica para a saúde e longevidade do cão.


Mano-oligossacarídeos (MOS):

São fibras não fermentáveis que limitam o desenvolvimento de bactérias potencialmente nocivas no intestino. Os MOS ligam-se às células da mucosa intestinal (enterócitos), ocupando os locais onde as bactérias nocivas se fixam.


Fruto-oligossacarídeos (FOS):

São fibras fermentáveis que estimulam o desenvolvimento da flora benéfica como as bifidobactérias ou lactobacilos e inibem a proliferação de bactérias patogénicas.


Lecitina:

É um constituinte fundamental da estrutura da membrana celular. Estudos recentes demonstraram que a lecitina, além de proteger as células contra a oxidação, tem um papel importante na regulação dos níveis de colesterol e triglicéridos no sangue.


Zinco-Metionina:

É uma associação entre um metal e um aminoácido. São muitos os benefícios para a saúde e crescimento que o consumo de zinco oferece. O Zinco-Metionina tem maior absorção do que o zinco simples, aumentando assim todos os benefícios do zinco.


BOIEIRO DE BERNA

Facilmente reconhecidos, estes bonecos de peluche em tamanho real são originários da Suíça, onde apareceram pela primeira vez, ainda sem estalão definido em 1902. No entanto, pensa-se terem sido levados para a região por soldados romanos, que os usavam como cães de combate. Com a retirada das tropas, tornaram-se animais extremamente polivalentes, sendo usados como cão de condução e guarda de gado, procura de gado perdido e tração de carroças. Hoje em dia são muito utilizados como cães de salvamento em avalanches e escombros. Em décadas anteriores eram utilizados na Suíça rural para as mesmas funções do São-Bernardo, mas sendo menos conhecido como animal de companhia fora da sua área de origem.
No que diz respeito à conformação corporal, trata-se sem dúvida de um animal encorpado, bem proporcionado, com membros musculares e vigorosos. A sua cabeça é poderosa, possuindo um nariz grande, lábios pequenos, olhos castanhos em forma de amêndoa e orelhas triangulares, com um base ampla e extremidade arredondada.
Relativamente à pelagem, a sua palete de cores é facilmente reconhecida: a pelagem tricolor (fundo preto com manchas castanhas nos olhos, bochechas e patas e marcas brancas no peito, pés, ponta da cauda e cabeça, é bastante característica. O pelo comprido, ondulado é de fácil manutenção, pelo que uma escovagem semanal é suficiente.
A sua personalidade é talvez o maior ponto a favor da raça: calmo, equilibrado, dócil, carinhoso, alegre, inteligente e obediente. São animais de família, sendo extremamente dedicados aos donos, nunca os desafiando. Tranquilo, quando está dentro de casa é pouco ativo e muito silencioso. É um membro integrante da família, segue o dono para todo o lado, e quando não o pode fazer fisicamente, segue-o com o olhar, mantendo sempre a atitude de vigilância e proteção. As crianças adoram-no e ele adora as crianças, sendo bastante tolerante às suas brincadeiras e bastante carinhoso com elas.
Como cão de porte grande, deve ter um local com bastante espaço para se movimentar, embora as suas necessidades em exercício sejam reduzidas. No entanto, não deve ser deixado sozinho num apartamento, uma vez que não suporta a solidão.
No que diz respeito à saúde, são animais bastante resistentes. No entanto, como qualquer outra raça aperfeiçoada geneticamente ao longo dos séculos poderão apresentar certas predisposições para:
- Problemas músculo-esqueléticos: Displasia do cotovelo, Displasia da Anca, Polartrites, osteocondrose do ombro
- Neoplasias: hemangiossarcoma, histiocitose maligna
- Problemas oculares: entrópion, ectrópion, cataratas, atrofia progressiva da retina
- Problemas renais: glomerulonefrites
- Problemas gastrointestinais: Torsão e Dilatação gástrica
Sendo animais de grande porte, os principais problemas a que estamos atentos e que podem ser diagnosticados e corrigidos precocemente são a displasia da anca e do cotovelo, assim como a situação de emergência da DTG.

Hospital de Referência Veterinária Montenegro

A Madalena Resende, do Grupo Bouvier Bernois Portugal, fez esta brilhante síntese a alguém que estava à espera do seu primeiro BB e pretendia fazer um orçamento mensal de despesas, com o seu novo exemplar:


-Veterinário: -Nos primeiros meses terá mais despesas, plano de vacinação, desparasitações internas e chip (se não vier já colocado do criador).
Se for um cachorro/cão saudável as despesas serão as normais com vacinas anuais e as desparasitações internas.
*Aconselho a ter um seguro de saúde pois se tiver muitos extras, como otites, dermatites, necessidade de cirurgias, exames clínicos, análises, etc. Compensa bastante o cão estar segurado.

-Alimentação: -Uma ração de qualidade ronda entre os 60/80€ por mês. Se adquirir on-line consegue preços mais simpáticos.

-Desparasitações externas: -Tem várias opções no mercado, a coleira Seresto que tem a duração de 8 meses são 40€ aproximadamente, se for o Bravecto comprimido e que tem a duração de 3 meses será aproximadamente 36€. Existem pipetas de colocação mensal também mas o melhor é se aconselhar com o veterinário de qual a melhor opção.

-Higiene: -Banhos de 3 em 3 meses mas tudo dependerá do meio onde o cão vive. O Bouvier Bernois mantém-se bem sem banhos mensais, a escovagem é muito importante para a manutenção do pêlo em boas condições, 1x por semana é suficiente excepto nos períodos de muda (2x ano) que será e verá que deve escovar todos os dias.
Valor dos banhos-35/50€
-Escovas: -10€ em média cada uma (convém habituar desde cedo às escovagens porque é essencial).

-Condroprotectores: -Muitos veterinários aconselham no período de crescimento (até aos 12-18 meses), é um suplemento de condroitina e glucosamina para ajudar a reforçar as articulações em cães de raça grande neste período.
-Valor médio: -50€ mês.

-Bebedouros: -Aconselho de pé alto em inox com os dois pratos (água e comida). Compre o maior porque ele vai crescer e eles são reguláveis em altura.

-Cama: -Preferem dormir no chão fresco e procuram as zonas mais frescas da casa. Não é um acessório de primeira necessidade para os primeiros tempos.

Acho que já consegue fazer uma estimativa do que vai gastar em média mensalmente.

Boa sorte!

Mais informação sobre os BB (selecione a imagem para seguir a ligação) em:

Um seguro de saúde para o seu exemplar é algo que deve considerar.

Seguro para animais - Seguro Pétis:

Seguro para animais - Seguro N PET

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